Para os executivos de TV e Rádio… Talvez a pergunta que já tenha se passado pela sua cabeça em algum momento foi: “a minha rádio ou televisão deve publicar o conteúdo nas redes sociais?”. Sem dúvidas existem prós e contras, mas com este artigo elencamos algumas das razões que podem te ajudar a tomar duas decisões importantes:
- O conteúdo da sua emissora deve ir para as redes sociais?
- Qual conteúdo devo publicar nas mídias sociais?
Você já deve ter percebido que nos últimos anos alguns canais de TV como CNN Brasil, Jovem Pan News, Record News, emissoras afiliadas do SBT, Record e da Band podem ser encontradas transmitindo a sua programação total ou parcial em várias redes sociais, mas principalmente no YouTube.
Isso porque a plataforma tem um formato e um modelo de negócio que mais se assemelham ao das TVs. O YouTube conta com uma vasta lista de vídeos sobre os mais variados temas, mas os conteúdos mais bem produzidos ganham destaque, proporcionando que os telespectadores o encontrem com mais facilidade.
YouTube: o queridinho das TVs e Rádios
O YouTube também passou a privilegiar conteúdos ao vivo, gerando mais interesse do público e que ganharam até uma aba exclusiva para as lives e outra para notícias, onde são publicados exclusivamente conteúdo da imprensa profissional. Com isso diversas emissoras decidiram publicar integralmente o conteúdo na plataforma.
Não é raro encontrar uma indicação para canais de notícias como Record News, Jovem Pan News e CNN dentre as recomendações frequentes quando o assunto são notícias na TV. Dentro deste mesmo segmento, mas com um case de rádio que tem infraestrutura audiovisual estão a Band News FM e CBN, que contam com vasta programação ao vivo.
Os anúncios comerciais de TV e Rádio – existe conflito com o Google Ads?
Um dos principais pontos de conflito em potencial estão nos breaks, onde pode haver um conflito de interesses dos patrocinadores do YouTub e o dos canais. Mas este é um problema sanável sem muita dificuldade.
A emissora pode definir quais marcas especificamente ela não quer que veiculem anúncios no canal do YouTube. Um profissional consegue configurar facilmente estas restrições e, em alguns casos até mesmo retirar todos os anúncios.
O YouTube não proibe que a emissora veicule comerciais durante a programação, mas você também tem a possibilidade de comercializar ads somente para as plataformas digitais.
O Google Ads pode ser uma nova fonte de receita para a sua emissora com a vantagem de não precisar de uma equipe comercial para preencher os blocos, uma vez que o próprio Google se encarrega de gerenciar e atrair os anunciantes — e, claro, de ficar com uma parte relevante do faturamento.
Eles não cobram, no entanto, nada pela robusta tecnologia que está por trás da plataforma. Se este favor for levado em consideração muitas vezes pode não valer a pena o investimento.
Ranqueamento no Google
O buscador mais usado no mundo é o Google, com cerca de 3.5 bilhões de buscas no mundo todos os dias. Provavelmente você já sabia que o Google é o buscador mais usado no mundo. O que você talvez não saiba é que o segundo buscador mais usado é o YouTube!
O YouTube não é propriamente um buscador, mas muitos usuários estão simplesmente procurando um vídeo que se relacione com o tema que ele quer consumir conteúdo e o YouTube é a ferramenta que mais entrega resultados.
A empresa Cisco publicou no levantamento “Cisco Forecast” que 8 em cada 10 pessoas entre 18 e 49 anos assistem ao Youtube. Muitas delas já preferem as plataformas de streaming às TVs convencionais por diversos motivos: compartilhamento com amigos e familiares, facilidade de acesso remoto, já ter o app instalado em todos os celulares etc.
Ou seja, ter a sua live ou vídeos da emissora publicados no YouTube é uma ótima maneira de ser bem ranqueado no Google.
Audiência Global
Um outro papel que as redes sociais têm desempenhado é de dar um alcance global a emissoras que antes estavam restritas a determinadas regiões. Já vimos casos em que um programa local ganha repercussão nacional, e isto só é possível através da internet.
Mesmo que a sua emissora invista pesado em infraestrutura de streaming as redes sociais já detém infraestrutura para fazer a entrega dos vídeos com alta qualidade em praticamente qualquer lugar do planeta, o que melhora a experiência do usuário.
Distribuição em vários dispositivos – multiplataformas
Como já falamos acima redes sociais como o YouTube já vêm pré-instalada nos dispositivos Android, o que quebra uma barreira de entrada significativa para muitos telespectadores. Com a infraestrutura que já existe as pessoas podem ver o conteúdo no celular, na smart tv, em dispositivos como Fire TV stick e outros dongles, o que acaba ajudando a dar mais capilaridade ao conteúdo. Além disso os vídeos podem ser embutidos em páginas externas ou até mesmo em aplicativos.
Já em redes sociais de vídeos curtos (TikTok, Kwai e Instagram) o corte de trechos mais interessantes pode ser uma ótima estratégia para aumentar o engajamento e levar o público ao seu canal principal. É uma estratégia frequente de engajar o telespectador que está no second screen para o canal principal.
Métricas de audiência
Uma dos grandes diferenciais das plataformas digitais são a geração de métricas que permitem entender melhor quem é o seu o seu público, onde estão localizados, qual parte dos vídeos gostaram mais ou menos etc.
Esta informação é um dos pontos de maior valor agregado, pois permite medir com precisão a aderência do conteúdo e casar com outras estratégias para melhorar os índices de audiência. Sem falar nos dados que são extremamente valiosos para qualquer departamento comercial prospectar seus clientes e agências parceiras.
Melhora do engajamento
O engajamento é um dos aspectos fundamentais para ter crescimento da sua audiência. O ambiente das plataformas digitais é o ideal pois tem a junção de dois ingredientes: vídeos curtos (cortes) + compartilhamento multiplataformas.
Hoje em dia é muito mais comum uma informação correr via WhatsApp, mas originalmente ter sido publicada em outra rede social, como o TikTok, Instagram ou YouTube. E as próprias plataformas ajudam o usuário colocando um botão de “compartilhar”.
A TV convencional ainda não consegue acompanhar essa velocidade da informação no formato atual. A informação veiculada na TV uma vez que foi ao ar ela se perde — a não ser que sua equipe utilize uma das estratégias acima produzindo cortes e distribuição multiplataformas.