- O que é o modelo AVOD — Vídeo sob demanda baseado em anúncios
- Quais as vantagens para emissoras de TV?
- Transformando conteúdo linear em não-linear
- Quanto dinheiro de publicidade gira neste no modelo Video Advertising on Demand?
- Quais os principais modelos de negócio para streaming de vídeo?
- Como o Crabber contribui para uma TV adotar o modelo AVOD?
O consumo de conteúdo passou por diversas mudanças ao longo dos anos, acelerando desde o início da pandemia de Covid-19, principalmente o crescimento das plataformas de streaming. Um formato que promete aos usuários maior liberdade de escolha, tanto na escolha do conteúdo quanto no tempo de visualização mais adequado. À medida que a indústria se expande, surgem vários players e a concorrência se intensifica, fazendo com que o mercado fique mais aquecido.
O que é o modelo AVOD — Vídeo sob demanda baseado em anúncios
Os sistemas AVOD (Advertisement-based Video on Demand) é um modelo de entrega de conteúdo onde os usuários podem acessar os vídeos gratuitamente, mas esses vídeos contêm inserção de anúncios. Com essa estratégia de publicidade, os proprietários de conteúdo podem monetizar vídeos e oferecer os vídeos gratuitamente aos usuários — a receita virá dos anunciantes.
Os anúncios são exibidos em três momentos:
- Antes do início do vídeo
- Durante a exibição
- No final do vídeo (menos frequente)
A publicidade costuma ficar durante alguns segundos na tela e o telespectador pode decidir se visualiza o anúncio até o final ou pode pular e ir direto ao conteúdo. O principal exemplo de plataforma que usa o AVOD como sistema de monetização é o YouTube.
Aplicativos de streaming mais populares no Brasil – 1º quadrimestre de 2002. *Informação: Just Watch
Quais as vantagens para emissoras de TV?
Este formato oferece uma grande conveniência para marcas e vantagens em países como o Brasil, onde a TV Aberta ainda concentra uma audiência maior, e os próprios problemas financeiros são uma barreira para milhões de pessoas acessarem conteúdo sob demanda. Esta é uma oportunidade de trabalhar com a cauda longa, onde os usuários atualmente não possuem ferramentas de assinatura, SVOD (Subscription Video On Demand) como Amazon Prime Video e Netflix — que começa a fazer testes para o modelo baseado em monetização por anúncios, que irá operar de forma conjunta com as assinaturas.
Além desses dois players o modelo AVOD está presente no Brasil em plataformas como Pluto TV (Viacom CBS), Spotify, Deezer e VIX. O crescimento da oferta de serviços de streaming que deixam de monetizar o conteúdo baseado em assinatura da plataforma é crescente.
Para metrificar a operação dos canais de streaming AVOD é possível aplicar as mesmas métricas dos outros serviços, alcançando resultados que podem ser medidos no curto prazo, priorizando as estratégias que visem resultados rápidos.
Para completar o mix de modelos de negócios mais utilizados nas plataformas de vídeo temos o TVOD (Transactional Video on Demand), mais conhecido como Pay Per View. Este modelo de monetização de vídeos é utilizado no Brasil de forma mais longeva, em especial nas transmissões de jogos de futebol; e o SVOD, modelo popularizado pela Netflix (explicações sobre cada um dos modelos de negócio)
Transformando conteúdo linear em não-linear
No modelo atual a maior parte das emissoras de TV pelo Brasil geram seu conteúdo para ser distribuído pelos sinais aberto ou fechado, em canais por assinatura. Em ambos os modelos existe a figura do anunciante, que na TV aberta banca a operação da emissora como um todo. Já em canais fechados é uma fonte importante de receita, além do próprio assinante que financia parte da operação.
As maiores emissoras do país estão passando pelo processo de transformação digital, criando plataformas de streaming para levar o conteúdo que já é produzido ou outros conteúdos criados ou comprados especificamente para os canais digitais.
Muitas emissoras de porte médio ou pequeno, no entanto, ainda encontram dificuldade em se firmar no modelo digital e acabam sofrendo forte concorrência de produtores de conteúdo que fazem vídeo exclusivamente para a internet, em especial os canais de YouTube.
Para estes players é importante montar uma estratégia de monetização que inclua a internet como meio de veiculação. O conteúdo muitas vezes já está pronto, basta educar a audiência e oferecer uma ferramenta que permita trabalhar o conteúdo de forma simples, sem grandes requisitos técnicos para a operação.
Quanto dinheiro de publicidade gira neste no modelo Advertisement-supported Video on Demand?
O estudo Market Analysis Report traz dados importantes para valorarmos a atividade. O mercado global de mídia de streaming vale atualmente US$ 50,11 bilhões. Espera-se que cresça 21% ao ano entre 2021 e 2028, chegando a US$ 223,98, uma cifra mais de quatro vezes maior que a atual.
Quais os principais modelos de negócio para streaming de vídeo?
Como funciona: permitem que o usuário faça a compra de um conteúdo pelo app ou controle remoto. Com isso ele garante o acesso ao conteúdo de forma vitalícia ou por determinado período.
Serviços que comercializam desta forma: Première, Claro Now, Google Play, iTunes.
Como funciona: é o modelo de monetização mais comum para plataformas de streaming atualmente. O usuário paga um valor mensal e tem acesso a todo o conteúdo na plataforma, sem limite de visualizações.
Serviços que comercializam desta forma: Netflix, Globo Play, HBO Go, Amazon Prime Video.
Como funciona: é o conteúdo grátis com anúncios e por vezes com limitações de conteúdos pagos. Parte do catálogo fica aberto e é monetizado com publicidade; outra parte pode ser restrita a assinantes.
Serviços que comercializam desta forma: YouTube, Vimeo e mais recentemente a Netflix anunciou que está testando o modelo.
Como o Crabber contribui para uma TV adotar o modelo AVOD?
O Crabber é uma plataforma de live video clipping que pode ser utilizada para clipar conteúdo e subir para múltiplas plataformas. No conceito do modelo AVOD o conteúdo pode ser enviado de forma total ou parcial para plataformas OTT ou para o YouTube.
No YouTube a monetização pode vir da própria plataforma, que já conecta anunciantes ao conteúdo, trazendo uma nova fonte de receita para as emissoras de TV. Para o usuário, traz a flexibilidade de consumir o conteúdo linear produzido pelas emissoras locais sem restrição de dias e horários. Além de possibilitar o acesso em uma plataforma como o YouTube, que está presente em todas as smart TVs e na maior parte dos celulares.
Em aplicativos OTT a programação pode ser monetizada de outras formas: incluindo anúncios do próprio espaço publicitário que comercializado pelo grupo de comunicação; fechando o conteúdo somente para assinantes; ou permitindo que o telespectador assista somente os trechos mais relevantes, como os gols de uma partida de futebol, as notícias mais importantes do dia ou os momentos mais marcantes dos eventos transmitidos pela emissora.