Como as ferramentas de SaaS auxiliam em transmissões de TVs legislativas
Muito se fala da necessidade de dar mais transparência na comunicação no meio político, como as tvs legislativas, mas como alcançar esse objetivo tão importante na era da informação, onde a informação está cada vez mais veloz?
A transparência é um dos valores mais universalmente difundidos nas sociedades modernas. Uma série de leis foram criadas para dar acesso universal à informação pública. Hoje em dia não é muito difícil encontrar relatórios de despesas, pagamentos, contratos, viagens e até mesmo a folha de pagamento da maior parte dos órgãos públicos na internet.
Nos anos 2000 um novo meio de promover a cultura da transparência ganhou força no poder legislativo. As sessões plenárias passaram ser transmitidas com frequência por televisões criadas e financiadas por câmaras municipais e assembleias legislativas. O movimentou começou inicialmente em âmbito federal e gradativamente se espalhou também para os níveis estaduais e municipais. Com isso tivemos a criação de uma série de TVs legislativas, que em alguns locais passou a ser um dos principais canais de informação para a população.
Se no início a programação abordava somente as sessões, com o passar do tempo foram se expandindo para programação cultural e até entrevistas. Muitas vezes com conteúdo que não se encaixa no perfil das grandes emissoras.
Algumas iniciativas foram se proliferando de forma organizada, como com a criação da Astral – Associação das Rádios e TVs Legislativas, que promove encontros e estimula a discussão dos desafios deste segmento.
Evolução para o digital
As TVs legislativas acabaram ganhando mais forca com a popularização dos meios digitais. Fazer TV ficou mais acessível, não só do ponto de vista dos equipamentos, mas principalmente da distribuição do conteúdo.
Hoje em dia não e difícil encontrar TVs legislativas realizando suas transmissões no YouTube. Além de promover mais acessibilidade às câmaras de vereadores de pequenas cidades a distribuição via streaming também permitiu o aumento da audiência de TVs das assembleias legislativas, do Senado e da Câmara de Deputados.
A premissa da criação das TVs legislativas foi de que com a vida cada mais corrida era praticamente impossível que o cidadão acompanhasse discussões sobre leis e outros projetos de seu interesse. Para resolver este problema o conteúdo chegaria direto na casa do cidadão, promovendo uma informação sobre política mais completa do que a divulgada por rádios, jornais e outros veículos de imprensa.
As TVs na era da informação digital
Nos últimos 20 anos passamos por um processo de aceleração da transmissão e geração de informações, como nunca ocorreu na história. Novas notícias surgem a todo o momento e a impressão do cidadão comum e que, por mais que ele corra para se informar, sempre estará desinformado. O fluxo de geração de informação e muito mais rápido do que ele pode acompanhar.
E um novo ingrediente foi adicionado à essa já difícil equação: o surgimento das redes sociais. As plataformas não apenas ajudaram a acelerar ainda mais a disseminação de informações como também serviu como um aumento do funil de produtores de conteúdo. Basicamente qualquer pessoa com acesso a internet e um celular poderia passar a gerar conteúdo e a distribuí-lo de forma simples.
E mais do que isso. As redes sociais permitirem o estabelecimento de um canal de comunicação de mão dupla, onde o cidadão pode interagir diretamente com políticos e instituições, fazer cobranças e críticas de forma aberta.
Políticos passaram utilizar as redes sociais para fazer a divulgação dos atos de seus mandatos. E isso sem dúvida ajudou a aproximar o cidadão comum das discussões políticas, antes um tema resguardado para pequenos grupos de interesse.
Relevância da informação
Mas com tanta informação sendo disseminada como entregar ao público o que ele precisa? Uma pessoa que trabalhe oito horas por dia dificilmente terá como acompanhar uma sessão realizada pelo poder legislativo, que chega a durar facilmente 4 horas.
Nesse contexto fazer TV ou divulgar informações em redes sociais não basta. São necessários ingredientes como a relevância e instantaneidade, que são os maiores desafios. Para entregar conteúdo relevante em tempo real é necessário ter equipes exclusivas focadas em produção para redes sociais.
Tecnologia como aliada
Como esse é um investimento muitas vezes inviável começaram a surgir iniciativas que apostaram em tecnologia para resolver esse problema de forma mais simples e barata. Uma delas é o Crabber, uma plataforma que permite que qualquer pessoa realize a edição ao vivo do conteúdo e o envio dos vídeos de forma imediata para várias redes sociais, ao mesmo tempo.
Não é necessário ter conhecimento técnico de edição ou qualquer tipo de habilidade especial. Tão pouco investimento em infraestrutura, uma vantagem dos sistemas SaaS. Basta um computador com acesso à internet para começar a trabalhar.
Aplicativos como esse começam a reinventar mais uma vez a indústria da informação, se adaptando e moldando a forma com que os produtores de conteúdo conseguem entregar a informação diretamente onde o público está.
Na Era da Informação não é mais plausível oferecer grandes conteúdos recheados com pouca informação de valor à audiência. É necessário ser mais objetivo para justificar os investimentos como o de uma TV legislativa, que pode ganhar uma audiência milhares de vezes maior nas redes sociais do que propriamente como tv convencional.
