A possibilidade de captar um momento e registrar aquele instante da nossa existência através de uma imagem é algo que fascina a humanidade desde 1826, quando Joseph Nicéphore tirou a primeira fotografia da história. E se uma foto estática tem esse efeito sobre nós, fica mais fácil compreender por que os vídeos – imagens em movimento – têm ainda mais essa capacidade de nos transportar para recordações e despertar sentimentos.
Quando clicamos no play de um vídeo, acionamos nossos sentidos de maneira simultânea. Sabe aquela sensação dupla de ver e ouvir frequências diferentes? Observamos a imagem, ao mesmo tempo em que acompanhamos o som, trilhas sonoras ou mesmo a voz de alguém narrando um texto. Uma sinfonia de estímulos que provocam impactos em cada um de nós.
Os vídeos aumentam significativamente o estado de excitação e concentração dos participantes, ou seja, foco e atenção. Esse é um fenômeno comprovado cientificamente. Foi o que constatou uma pesquisa nos Estados Unidos que analisou desde a temperatura da pele, reações cerebrais, até os batimentos cardíacos de pessoas impactadas por uma imagem estática ou em movimento.
Tudo acontece por causa de um efeito chamado ‘acoplamento neural’. Quando entramos em contato com uma boa narrativa em audiovisual, conseguimos ativar partes do cérebro que permite ao espectador transformar a história em suas próprias ideias e experiências.
O fato de memorizarmos mais um conteúdo em vídeo do que em outros formatos está ligado com nossas atividades cerebrais enquanto o assistimos. Durante esses minutos, o cérebro libera dopamina, o resulta nessa maior facilidade daquilo que vemos em um vídeo ficar gravado na nossa mente.
O poder do vídeo sobre nós
Como você se sente quando encontra um vídeo antigo na galeria do seu celular que te traz tom de voz, trilha, barulhos diversos e ritmo? E que te leva a recordar e a acessar lembranças e sentimentos.
Somos praticamente teletransportados de volta para aquele momento, com todos os detalhes reais do momento passado vivido e não apenas na lembrança que construímos na memória e imaginação do passado.
Brasileiros batem recorde de consumo de vídeo
Ninguém no mundo assiste tanto vídeo como os brasileiros. Somos fascinados por telas e estamos muito à frente do mundo quando se trata de assistir a vídeos. 80% dos brasileiros assistem a vídeos on-line gratuitos, em comparação com 65% dos estrangeiros. Os brasileiros nunca consumiram tanto conteúdo de vídeo em todos os formatos como em 2020. 99% dos usuários da Internet assistem a vídeos em TV, redes sociais, plataformas de streaming, vida e até vídeochamadas: voltamos a encontrar vídeo em nossas vidas. De acordo com o Inside Video, pesquisa da Kantar IBOPE, o consumo de vídeo aumentou mesmo em diferentes formas de acesso:
- 68% – Vídeos na internet e TV online via streaming gratuito
- 58% – Streaming pago
Em 2020, mais de 204 milhões de brasileiros assistiram TV às 7h09 todos os dias, 37 minutos a mais que em 2019 e o maior tempo dos últimos cinco anos.
Cobertura jornalística e vídeos: como entregar conteúdo do jeito certo
O fato dos brasileiros serem a maior audiência de vídeos do mundo é uma oportunidade para as empresas de comunicação adotarem estratégias de retenção e fidelização do público. Isso porque além dos vídeos, estamos entre os países que mais consomem notícias pelas redes sociais. Segundo levantamento da sobre medição de audiência GlobalWebIndex, 71% dos brasileiros confiam no jornalismo profissional e boa parte prefere acompanhar as novidades pelas redes sociais do que por sites.
Não é de hoje que as pessoas têm trocado os meios tradicionais de informação. Em 2020 o relatório Reuters Digital News Report já trazia que pela primeira vez as redes sociais tinham se transformado na maior fonte de notícias para os brasileiros: 67% utilizam as redes contra e 66% a televisão. Diante desse cenário, as empresas que querem ser vistas precisam garantir sua presença digital. A cobertura diária dos acontecimentos precisa chegar onde as pessoas estão e com elas querem: vídeos nos meios digitais.
Com as plataformas de mídias sociais tomando um papel cada vez mais decisivo no processo de comunicação da sociedade é fundamental contar com ferramentas que ajudem na produção, distribuição e armazenamento do conteúdo. Nesse cenário, plataformas de live video clipping acabam exercendo um papel fundamental na conexão entre o produtor de conteúdo e o público.
Entre o live streaming e o VOD
Essas plataformas atuam em um gap situado entre o live streaming e o VOD, chamado near live experience. O conceito já é aplicado de forma mais ampla em países como Estados Unidos e Canadá, onde as televisões de diversos nichos (esportes, notícias, shows e eventos) já entregam o conteúdo quase ao vivo ao público.
Com isso eles conseguem um aumento do engajamento da audiência, uma vez que o conteúdo foi restrito a um pequeno trecho de maior relevância, permitindo que chegue a mais pessoas. E também conseguem um aumento de receita, uma vez que as próprias plataformas veiculam anúncios e remuneram os produtores de conteúdo.
Aqui no Brasil os “cortes” tomaram conta da internet. Praticamente todo produtor de conteúdo dedicado a plataformas digitais utiliza o corte como um recurso para alavancar sua audiência. Desde programas tradicionais de TV, rádio, chegando até aos podcasts em vídeo – o novo formato de talk show que tomou conta da internet.
A diferença de plataformas como o Crabber é a possibilidade de gerar cortes ao vivo, ou seja, o conteúdo relevante é editado e distribuído em poucos segundos, chegando de forma quase instantânea ao público.