A expansão da cobertura jornalística esportiva nas redes sociais se consolida e conquista cada vez mais audiência. Mídias como os Facebook, Instagram, Twitch e YouTube têm sido cada vez mais utilizados como canais de informação para profissionais da área. Isso porque além de acompanhar as competições e torneios, as pessoas também querem participar e comentar os jogos que estão assistindo.
As restrições causadas pela pandemia de Covid-19 também provocaram o crescimento desse tipo de produto em plataformas digitais, o que reforçou o protagonismo das redes sociais na transmissão e, por tabela, no trabalho da imprensa ou produção de conteúdo na área.
A começar pelo próprio uso por parte dos clubes e atletas brasileiros nas redes sociais, até como uma maneira de ter mais interatividade com seus públicos. Embora não possamos esquecer que o aspecto econômico também teve peso nessa nova configuração. De acordo com a Consultoria Sports Value, houve uma perda de US$ 15 bilhões para o esporte mundial por conta da Covid-19. Com as pessoas presas nas suas respectivas casas os clubes perceberam que o ambiente digital seria fundamental nesse processo de reconstrução financeira utilizando das redes sociais para transmitir jogos e se aproximarem dos torcedores.
Mais velocidade de informação
Esse tipo de consumo transformou a dinâmica de trabalho dos jornalistas esportivos. A começar pela própria transmissão dos eventos que passou a ser muito mais veloz e dinâmica. Nem profissionais, nem o público precisa esperar o término das partidas para divulgar ou conhecer os resultados, a atualização é em tempo real.
Empresas tradicionais de comunicação se adaptam às redes
De acordo com o infográfico Tendências de Consumo de Conteúdo (2020), durante a pandemia 58% dos usuários brasileiros de internet de 16 a 64 anos aumentaram o tempo gasto em redes sociais. Além disso, o Brasil tem o segundo maior índice de uso do Instagram para consumo de notícias, atrás apenas da Turquia. Cerca de 30% dos brasileiros disseram ter usado o Instagram nos últimos 7 dias para acompanhar notícias, frente a 17% no Twitter. Facebook e YouTube ainda são as principais redes digitais utilizadas para a temática, com 54% e 45%, respectivamente.
A questão é que as redes sociais não são mais o futuro do jornalismo esportivo, e sim o presente. A realidade virtual, porém, é uma tecnologia que ainda está por confirmar tendência. Se por um lado o YouTube acaba atraindo jornalistas independentes por três principais motivos: liberdade editorial, oportunidade de alcançar novos públicos, literalmente no mundo inteiro; e a possibilidade de manter ou ressignificar a própria carreira. As grandes empresas de comunicação também têm feito esse movimento em busca de presença e audiência nas redes sociais.
A migração de grandes empresas de comunicação para o YouTube, bem como outras redes sociais deixa claro que as mudanças no jornalismo esportivo já chegaram, são o agora, transformando a própria maneira de produção de conteúdo, de maneira mais fluida, integrada e convergente.
Exemplo disso é a NDTV, afiliada da Record TV em Santa Catarina. Com mais de 111 mil inscritos no YouTube, o canal disponibiliza boa parte da programação diária, além dos programas especiais, entre os destaques estão as competições esportivas do estado. A estratégia da emissora disponibilizar conteúdos segmentados e que podem ser consumidores mais rapidamente pelo público é possível com a ajuda do Crabber. A ferramenta de live clipping permite a criação, distribuição e armazenamento de vídeos, entregando rapidamente o conteúdo relevante nas plataformas mais usadas pelo público.
Aceleração da transformação digital
Os dois últimos anos foram responsáveis pela aceleração da transformação digital em várias áreas e a cobertura de esportes não ficou fora disso. E dentro desse contexto, ficou ainda mais evidente o quanto o papel de informar as pessoas deixou de ser uma exclusividade dos veículos e profissionais de imprensa. Com o público consumindo e interagindo com cada vez mais conteúdos na internet, o que vemos hoje é uma migração das empresas de comunicação para essas plataformas, em especial o YouTube. E os principais motivos para isso são:
- O YouTube não exige os mesmos padrões de uma emissora de TV tradicional, pois tem uma apresentação mais livre e mais próxima do público receptor;
- A plataforma está mais próxima do público, pois as respostas são imediatas, e ainda permite uma maior visibilidade, com direito a conteúdos exclusivos que ficam cada vez mais personalizados.