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Live video clipping: transformando conteúdo linear em publicação multiplataformas

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Com a evolução dos hábitos de consumo no mercado de vídeo o live video clipping é fundamental que players tradicionais busquem se adaptar para sobreviver. Atualmente mais de 170 milhões de brasileiros navegam nas redes sociais 3h42min todos os dias. Se o seu conteúdo chega ao público somente pela TV você está deixando dinheiro na mesa

O que é live video clipping?

O live video clipping é a tecnologia que torna possível que um usuário faça o “corte” de um streaming ao vivo, abrindo a chance de que essas mídias sejam enviadas em poucos segundos para múltiplos destinos, como redes sociais, aplicativos OTT, storages etc. O foco está na relevância e na velocidade da informação.

O live video clipping abre um novo momento nos marcos temporais das mídias digitais. Com estratégias bem trabalhadas é possível melhorar o engajamento do público para levá-lo a veículos mais tradicionais como a TV ou mesmo a serviços de streaming.

Afinal de contas, quem não gostaria de assistir os melhores momentos em vídeo de um jogo de futebol quando se está na rua, as notícias mais atuais direto nas redes sociais, partes polêmicas de um reality show ou músicas mais conhecidas de um evento musical?

No mundo atual a velocidade com que a informação chega ao público é ponto crucial para se tornar referência. E mais do que isso: as pessoas querem compartilhar a informação com seus círculos de interesse.

Redes sociais e as novas experiências do telespectador: para onde estamos indo?

Temos de encarar uma realidade. Hoje em dia a maior parte do público não assiste televisão como antigamente. Com as mudanças dos hábitos de consumo, aceleração das tecnologias como a rede móvel, os dispositivos móveis e a vida mais corrida as pessoas tendem a sentar no sofá para ver um programa ou assistir a um filme quando realmente algo lhes prendeu a atenção. Esse é um comportamento observado de forma mais enfática nas novas gerações.

A mais recente pesquisa We Are Social 2022 traz alguns números surpreendentes sobre o mercado brasileiro. Hoje temos 171.5 milhões usuários ativos de redes sociais. Cada um deles gasta cerca de 3h41min por dia navegando nas redes e 10h19min na internet. A maior parte do conteúdo são vídeos nas mais diversas plataformas.

A produção de conteúdo voltada para a internet ganhou qualidade e regularidade muito parecida com a produção de TVs. Por vezes a produção apresenta qualidade igual ou superior a muitos players do mercado tradicional. Isso foi possibilitado porque as receitas publicitárias migraram ano após ano para o digital e, diga-se de passagem, as TVs pouco fizeram para disputar a audiência neste terreno.

O pouco interesse com os canais digitais, somados ao menor custo de investimento em infraestrutura de produção (com o barateamento de equipamentos com qualidade similar ao padrão broadcast) e com a possibilidade de fazer a distribuição digital do conteúdo (eliminando custo de banda e outros envolvidos na infraestrutura) proporcionaram uma escalada do conteúdo focado em plataformas digitais.

E para quem acha que isso é pouco é importante lembrar que em 2018 (dados mais atuais divulgados) o market share do YouTube era o segundo maior do país, com 15%, perdendo apenas para a TV Globo, com 18%.

Google YouTube tamanho do mercado

Transformando conteúdo linear em produto digital para redes sociais

Dentro do contexto de conteúdo digital surgiram novas experiências no consumo de vídeos. Um dos mais populares na atualidade são os “cortes”, onde um pequeno trecho relevante, geralmente com uma foto de impacto e uma thumbnail chamam a atenção do público para assistir.

O corte foi uma das estratégias de maior sucesso nos canais digitais, principalmente no engajamento do público, pois permite que as pessoas compartilhem aqueles pequenos momentos com seus amigos e familiares através de múltiplas plataformas. Não é incomum um usuário encaminhar um vídeo do TikTok ou do Instagram para grupos de WhatsApp.

Tão rápido quando é trocar de conteúdo com o “arrasta pra cima” do TikTok ou do Reels, é o comportamento conhecido como Watch and Share, que é a necessidade de compartilhar com seus amigos, familiares e colegas conteúdos de valor ou entretenimento.

Com esse pequeno gesto o usuário acaba de fazer uma curadoria de conteúdo para seu círculo de contatos, referendando aquilo como algo que ele aprova, acha curioso ou relevante o suficiente para ser encaminhado.

Essa mídia ainda vai embutida com uma série de gatilhos de marketing que ajudam a massificação, muitas vezes ganhando efeitos de rede:

  1. Autoridade – a depender de quem lhe repassou um vídeo isso pode ganhar um peso maior ou menor; quanto maior a influência que este ator tiver na vida desta pessoa mais autoridade terá o conteúdo
  2. Urgência – se chegou por um aplicativo de mensagens é porque tem certa urgência e precisa ser lido ou respondido.
  3. Confiança – para alguém lhe encaminhar conteúdo é necessário um certo grau de intimidade, o que também lhe confere, no mínimo, um certo grau de confiança
  4. Curiosidade – a própria thumbnail (foto da capa) com a frase de efeitos já dá o impacto suficiente para gerar o clique
  5. Prova social – somos serem sociais e queremos ser aceitos nos grupos nos quais estamos inseridos, por isso emitir opinião ou fazer um comentário é um dos comportamentos esperados quando um conteúdo lhe é encaminhado

Poderíamos listar outros gatilhos mentais que guiam as estratégias de sucesso por trás da produção e distribuição de vídeos nas plataformas digitais, mas acho que já ficou claro que o ponto principal é que ninguém assiste mais a nada sozinho. Se isso é bom eu quero compartilhar. Seja um post das redes sociais que eu vi e gostei, algo interessante em um site ou um trecho de um programa que eu vi na TV.

Produção em nuvem: infraestrutura escalável em nível global

Tão conectado com os novos mercados de mídia estão as ferramentas de produção em nuvem ou mobile. As ferramentas de produção em nuvem já deixaram de ser uma tendência para se tornar o padrão de mercado.

Por demandar mais recursos de infraestrutura o mercado broadcast foi um dos últimos a se render, mas ao observar as soluções apresentadas em feitas como a NAB Show não há outro caminho que não passe pela infraestrutura remota.

Dentre as vantagens está a escalabilidade de recursos (inclusive em cadeia global), o compartilhamento de informações, a facilidade de gerenciar a infraestrutura mesmo em locais distancias do provedor de recursos. Tudo isso sem que signifique fragilidade na cadeia de serviços. Pelo contrário, ao optar por recursos em nuvem o usuário tem a garantia de uma infra com muito mais gerenciamento, o que garante a disponibilidade, velocidade e continuidade dos serviços.

Cases de sucesso

NDTV – Santa Catarina
Todas as 7 praças do estado utilizam live video clipping para recortar os programas locais e subir as matérias para o YouTube. Esses vídeos também são embutidos no portal ND Mais, onde os leitores podem assistir às matérias da TV relacionadas com o texto.

TV Câmara São José dos Campos
Utilizam o sistema para recortar os vídeos dos vereadores durante as sessões plenária e comissões. Com isso o conteúdo fica disponível de forma imediata para assessores parlamentares, assessoria de comunicação da câmara e para a população.

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